segunda-feira, 31 de março de 2014
Recanto do Carrasco: Violoncelo de rua
Entre pedra e céu está ele sentado
Um largo sorriso a cara rasgando.
As pessoas passam de lado para lado
As notas do violoncelo vão ressoando...
Uma triste melodia assoberba o pensamento
Activa a memória e faz-nos levitar!
Num doce ritmo ora rápido, ora lento
O violoncelo nunca pára de tocar.
Lacrimejam aqueles que ouvem atentamente
Pois as notas rasgam o mais gelado coração,
Deixando o espírito fluir livremente
O violoncelo toca no meio da multidão.
domingo, 16 de março de 2014
Recanto do Carrasco: Tu És
O raio de sol mais quente no mês de Agosto.
Tu és a pequena ideia que me faz sorrir,
O meu caminho quando não sei para onde ir.
Tu és as minhas asas quando eu preciso voar,
O brilho mais puro do meu simples olhar.
Tu és todas as palavras que calo sem querer,
O pensamento louco que eu recuso dizer.
Tu és o silêncio que me conforta quando estou sozinho,
O mais simples e terno gesto de carinho.
Tu és a mão que me ajuda a levantar,
O meu porto de abrigo mesmo no meio do mar.
Tu és a chave que abre em mim todas as portas,
O texto direito escrito nas minhas linhas tortas.
Vencedores do Passatempo de S. Valentim
Muito obrigada a todos os que participaram! Lamentamos não poder dar prémios a todos, mas vamos tentar preparar mais surpresas para vocês. Fiquem atentos!
Cat Santos é a vencedora do livro oferecido por nós;
Catarina Paulo é a vencedora do livro oferecido pela página 2ªLeitura. Pede-se o favor de contactarem as respectivas páginas informando que são as vencedoras do passatempo e dando a morada para que o prémio seja enviado. Quando o receberem, se quiserem enviem-nos as vossas opiniões sobre os mesmos. Ficamos à espera. :)
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Vencedores de Passatempos
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014
Recanto do Carrasco: Escravo do Tempo
Os nossos movimentos ficam iguais e constantes.
O nosso cérebro é sedado e fica adormecido,
Até que finalmente a máquina deixa de funcionar.
Fazemos tudo aquilo que os outros querem
Mesmo estando eles na mesma situação que nós.
A areia dourada que cai lentamente na ampulheta
Depressa se transforma num espesso líquido preto.
O tempo não volta atrás, porque haveria de voltar?
Tudo o que nasce irá morrer eventualmente.
Enquanto não morrer passará por escravo
Às mãos do Homem, tal como todas as outras coisas.
Porque havemos nós de adiar a nossa felicidade?
A beleza da vida está no viver no momento!
O Passado não é mais do que uma imagem desfocada
Que insiste em atormentar o nosso Presente.
Recanto do Carrasco, por Pedro Carrasco
"Recanto do Carrasco" é o nome da nova rúbrica do blogue.
É com este nome que ficará conhecido o espaço onde o poeta Pedro Carrasco irá colocar os seus poemas originais todas as segundas-feiras, todas as semanas. Nós gostámos imenso da sua poesia e ficámos muito contentes por poder partilhá-la convosco. Esperemos que gostem!
Para quem quiser entrar em contacto com o autor poderá fazê-lo enviando uma mensagem para a página de facebook do blogue ou para o nosso e-mail. E por falar em comunicar com o autor, ele pede que os leitores se sintam à vontade de publicar opiniões críticas, comentários, fotografias, músicas, textos e o que demais vos inspirar ao ler os seus poemas. Sabem que o podem fazer em qualquer publicação, por isso reforçamos que o podem fazer também neste caso. E porque não começar já? Fica a sugestão!
É com este nome que ficará conhecido o espaço onde o poeta Pedro Carrasco irá colocar os seus poemas originais todas as segundas-feiras, todas as semanas. Nós gostámos imenso da sua poesia e ficámos muito contentes por poder partilhá-la convosco. Esperemos que gostem!
Para quem quiser entrar em contacto com o autor poderá fazê-lo enviando uma mensagem para a página de facebook do blogue ou para o nosso e-mail. E por falar em comunicar com o autor, ele pede que os leitores se sintam à vontade de publicar opiniões críticas, comentários, fotografias, músicas, textos e o que demais vos inspirar ao ler os seus poemas. Sabem que o podem fazer em qualquer publicação, por isso reforçamos que o podem fazer também neste caso. E porque não começar já? Fica a sugestão!
Escrito The Perks of Being a Librarian
segunda-feira, 9 de dezembro de 2013
Crónica de uma morte anunciada - Gabriel García Márquez
Título: Crónica de uma morte anunciada
Autor: Gabriel García Márquez
ISBN: 2831080657
Editora: 2831080657
Género(s): Ficção, romance
«'Não há outra alternativa' ele disse-lhe. 'É como se já tivesse acontecido.'»
Crítica Literária:
Crónica de uma morte anunciada é, na verdade, um livro sobre uma morte que é premeditada. Todo o círculo de vizinhos do homem morto sabia disso.
Crónica de uma morte anunciada é, na verdade, um livro sobre uma morte que é premeditada. Todo o círculo de vizinhos do homem morto sabia disso.
Parece ser um texto previsível (até porque aborda a temática das premonições e outros assuntos relacionados), mas revela ser um livro interessante que mantem o clima de suspense até ao respectivo termino. De facto acho que mantem-no mesmo após ter terminado, já que nos deixa uma questão (ou muitas) sem resposta.
A história é como que uma versão jornalística de todas as testemunhas do crime, bem como sobre o próprio crime. Retrata o assassinato de Santiago Nasar que fora morto pelos irmãos Vicario, uma vez que eles tentavam salvar a honra perdida de sua irmã que não fora virgem para o seu casamento como era suposto. Ela disse-lhes que tinha sido Santiago Nasar quem tinha roubado a sua virgindade, mas o narrador deixa-nos a dúvida se fora verdadeiramente este homem.
Neste trabalho G. G. Márquez critica a mentalidade de uma nação que discrimina as mulheres e as reduz a seres inferiores. Ele critica a forma como as pessoas lidam com a morte por assassinato ou a
forma como as pessoas quase ignoram que pode ser um homem inocente a morrer. Ao
ler este livro, consegui encontrar várias semelhanças entre os
personagens (vizinhos de S. Nasar ) e os meus próprios vizinhos, em certa forma. Imagino
uma situação semelhante acontecer hoje em dia, até mesmo porque este
livro foi escrito de forma a transportar o leitor para o passado e para o presente ao mesmo
tempo, entre as linhas.
Todos vivemos tão focados em nós mesmos que nos esquecemos de viver juntos - eu quero dizer em conjunto com os outros. Esquecemo-nos a crescer juntos. Este
livro faz -me pensar sobre isso e eu acho que nós deveríamos fazer algo para mudar, pelo que deixo a mensagem: Partilhe a sua vida consigo (a maioria), mas não se esqueça de a partilhar com os seus vizinhos, família, amigos e
amigos de amigos... Viva com a comunidade! Como se diz num dos meus filmes favoritos " A felicidade só é real quando é partilhada" ( Into the Wild [O lado selvagem]).
Resumo: Crónica de uma morte anunciada
Resumo: Crónica de uma morte anunciada
Escrito por TH
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Ficção,
Gabriel García Márquez,
Romance
domingo, 1 de dezembro de 2013
Para Ler: O Diário de Vaslav Nijinsky - Vaslav Nijinsky (Ed. Joan Acocella)
Título: O Diário de Vaslav Nijinsky
Autor: Vaslav Nijinsky (Editor: Joan Acocella)
ISBN: 0374139210
Editora: Farrar Straus Giroux
Número de páginas: 304
Género(s): Autobiografia; Diário; Memórias; Artes
Sinopse:
Escrito por GC
Sinopse:
Em Dezembro de 1917, o bailarino mais famoso do mundo Ocidental, mudou-se para uma villa na Suiça com a sua mulher e filha de três anos e começou a enlouquecer. Este diário, mantido em quatro blocos de notas, ao longo de seis semanas, é o único relato mantido em tempo-real que temos de um grande artista acerca da experiência que é entrar em psicose. O diário de Nijinsky foi publicado pela primeira vez em 1936, numa versa fortemente censurada que omitia perto de metade do seu texto. A presente edição, traduzida por Kyril FitzLyon é a primeira versão completa em Inglês e a primeira versão em qualquer língua, contendo o quarto bloco, escrito à beira da psicose. Contém os últimos pensamentos lúcidos de Nijinsky acerca de Deus, sexo, guerra e da natureza do universo, assim como da sua própria vida destruída.
Escrito por GC
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Artes,
Autobiografia,
Diário,
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Memória,
Para Ler,
Vaslav Nijinsky
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
Capitães da Areia - Jorge Amado
Título: Capitães da Areia
Autor: Jorge Amado
ISBN: 9789896530075
Editora: Leya
Número de páginas: 286
Género(s): Romance
Crítica Literária:
Nesta narrativa conhecemos Pedro Bala, o chefe dos Capitães da Areia, Volta-Seca, João Grande, Gato, Professor, Sem-Pernas, Boa-Vida, Pirulito, Dora, Barandão e várias outras crianças sem pais, que vivem nas ruas da Bahia, roubando e metidos em todo o tipo de actividades ílicitas para viverem. Todos eles são personagens incrivelmente distintas entre si, com personalidades muito próprias e diferentes formas de encarar a vida e com diferentes objectivos. Todos eles são pessoas incrivelmente endurecidas pela vida nas ruas apesar de terem capacidade para amarem e vontade de serem amados, de ter uma família, apesar de já serem incapazes de o fazer mesmo quando a oportunidade se apresenta. Por outro lado, apesar de Jorge Amado dar ênfase ao facto de estas serem crianças que no fundo são vítimas da sociedade em que vivem não as "desculpabiliza" nem "minimiza" os seus actos de forma a tornar as personagens mais empáticas, estes Capitães são capazes de atrocidades (como Pedro Bala que violou uma menina virgem) tendo a noção de que o que fazem é errado. Mas também são capazes de lealdade e de amar e de se arriscarem quando é preciso, nem que seja só para agradarem alguém de que gostam. No fundo são como todos nós, com coisas boas e coisas más, mas com uma vida bem mais difícil que os mudou definitivamente e que os tornou capazes de coisas que a maioria de nós não seria.
Devo acrescentar que, para mim, a melhor personagem é o Sem-Pernas. Este foi tão maltratado pela vida, tão obrigado a defender-se contra todas as ameaças externas que acaba por odiar todos, por temer todos e por escolher atacar antes que a vida o ataque; a sede de amor e de uma vida diferente é imensa mas as suas "cicatrizes emocionais" são de tal ordem que nem isso é capaz de aceitar para si próprio. Por temer perder outra vez aquilo que ganhou, por não conseguir adaptar-se a uma vida como a de uma criança normal depois de tudo aquilo por que passou, por lealdade aos restantes Capitães, Sem-Pernas, que quer tanto mudar e ser acarinhado nunca o consegue fazer.
Um retrato extremamente duro da vida das crianças de rua no Brasil (e em tantos outros países). É fácil compreender o motivo da censura deste livro, que nos dá uma imagem tão crua e ainda assim tão enternecedora destas vidas. Uma obra incontornável que recomendo a qualquer pessoa.
Resumo: Capitães da Areia - Jorge Amado (Goodreads)
“Vestidos de farrapos, sujos, semiesfomeados, agressivos, soltando palavrões e fumando pontas de cigarro, eram, em verdade, os donos da cidade, os que a conheciam totalmente, os que totalmente a amavam, os seus poetas.”
Crítica Literária:
Este livro de Jorge Amado já estava na minha estante à espera de ser lido há anos. O único livro que tinha lido deste escritor antes deste tinha sido "O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá", que tinha adorado. A escrita de Jorge Amado é fluida e simples sem perder a beleza, as descrições são belissímas sem serem excessivas, servindo perfeitamente para complementar a história destes meninos-homens. Achei as descrições da Bahia incríveis, das tradições da área, das mães-de-santo.
Nesta narrativa conhecemos Pedro Bala, o chefe dos Capitães da Areia, Volta-Seca, João Grande, Gato, Professor, Sem-Pernas, Boa-Vida, Pirulito, Dora, Barandão e várias outras crianças sem pais, que vivem nas ruas da Bahia, roubando e metidos em todo o tipo de actividades ílicitas para viverem. Todos eles são personagens incrivelmente distintas entre si, com personalidades muito próprias e diferentes formas de encarar a vida e com diferentes objectivos. Todos eles são pessoas incrivelmente endurecidas pela vida nas ruas apesar de terem capacidade para amarem e vontade de serem amados, de ter uma família, apesar de já serem incapazes de o fazer mesmo quando a oportunidade se apresenta. Por outro lado, apesar de Jorge Amado dar ênfase ao facto de estas serem crianças que no fundo são vítimas da sociedade em que vivem não as "desculpabiliza" nem "minimiza" os seus actos de forma a tornar as personagens mais empáticas, estes Capitães são capazes de atrocidades (como Pedro Bala que violou uma menina virgem) tendo a noção de que o que fazem é errado. Mas também são capazes de lealdade e de amar e de se arriscarem quando é preciso, nem que seja só para agradarem alguém de que gostam. No fundo são como todos nós, com coisas boas e coisas más, mas com uma vida bem mais difícil que os mudou definitivamente e que os tornou capazes de coisas que a maioria de nós não seria.
Devo acrescentar que, para mim, a melhor personagem é o Sem-Pernas. Este foi tão maltratado pela vida, tão obrigado a defender-se contra todas as ameaças externas que acaba por odiar todos, por temer todos e por escolher atacar antes que a vida o ataque; a sede de amor e de uma vida diferente é imensa mas as suas "cicatrizes emocionais" são de tal ordem que nem isso é capaz de aceitar para si próprio. Por temer perder outra vez aquilo que ganhou, por não conseguir adaptar-se a uma vida como a de uma criança normal depois de tudo aquilo por que passou, por lealdade aos restantes Capitães, Sem-Pernas, que quer tanto mudar e ser acarinhado nunca o consegue fazer.
Um retrato extremamente duro da vida das crianças de rua no Brasil (e em tantos outros países). É fácil compreender o motivo da censura deste livro, que nos dá uma imagem tão crua e ainda assim tão enternecedora destas vidas. Uma obra incontornável que recomendo a qualquer pessoa.
Resumo: Capitães da Areia - Jorge Amado (Goodreads)
Escrito por GC
domingo, 24 de novembro de 2013
Persépolis - Marjane Satrapi
Título: Persépolis
Autor: Marjane Satrapi
ISBN: 9789896661120
Editora: Contraponto
Número de páginas: 352
Género(s): Autobiografia; Novela Gráfica; Histórico
Crítica Literária:
Escrito por GC
"Na vida vais conhecer muita gente estúpida. Se te magoarem diz a ti próprio que é porque são estúpidos. Isso vai ajudar-te a não reagir à sua crueldade. Porque não há nada pior que ser amarga e vingativa... Mantém sempre a tua dignidade e sê fiel a ti própria."
Crítica Literária:
Andava a querer ler este livro há bastante tempo já que muitos amigos meus já o tinham lido e recomendado. Por outro lado, não sou muito de ler novelas gráficas e, anos depois da última vez que li uma, decidi dar uma oportunidade a este livro já que achei a história apelativa.
O que achei acerca do trabalho artístico deste livro é que o mesmo é extremamente simples, preto e branco e não é um tipo de ilustração muito chamativo. Isto não me incomodou, especialmente porque eu não estava a ler o livro pelas ilustrações ou pelo seu valor artístico mas sim porque a história me parecia interessante. Depois de concluir a leitura cheguei à conclusão o estilo simples dos desenhos é uma coisa positiva já que, enquanto as ilustrações e a história de certa forma "combinam", uma não retira atenção à outra e em vez disso complementam-se. Não nos distraímos com o trabalho artístico em detrimento da trama.
A trama refere-se a uma história honesta de uma família durante vários dos conflitos iranianos. É uma família de gente boa, que faz o que está ao seu alcance para viver o melhor possível (especialmente porque são de inclinação liberal) durante a confusão política que se instala no Irão. A história é-nos contada da perspectiva de Marjane enquanto criança, adolescente e adulta; adorei o quão honesta esta é e do facto de ter aprofundado bem os factos, ligando a situação iraniana e a vida durante os conflitos sociais e políticos às acções e escolhas da protagonista, mesmo enquanto adulta a viver na Europa. A acção flui com facilidade e é bem-humorada e séria nos momentos certos. Apesar de ter passado por momentos complicados na sua vida, apreciei o facto dos eventos serem descritos sem um toque de "auto-comiseração" ou sem a protagonista culpar outrém pelas suas escolhas.
No fundo é uma história interessante do ponto de vista histórico e pessoal que nos capta a atenção e nos dá vontade de saber mais sobre os envolvidos. Recomendo.
Escrito por GC
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Verídico
terça-feira, 19 de novembro de 2013
A Visita da Velha Senhora - Friedrich Dürrenmatt
Título: A Visita
Autor: Friedrich Dürrenmatt
Género(s): Tragicomédia; Peça de Teatro.
Crítica Literária:
Escrito por TH.
Autor: Friedrich Dürrenmatt
Género(s): Tragicomédia; Peça de Teatro.
«Eu sinto-me como se me estivesse a tornar num assassino lentamente. A minha fé na humanidade é escassa. E por saber disso, tornei-me num bêbado.»
Crítica Literária:
Der Besuch der Alten Dame no título original em alemão, esta é uma história excelente onde o autor conduz o leitor a uma espécie de viagem, que começa com um maravilhoso e solarengo dia e, de repente, se descobr que afinal se calhar seria algo diferente...
O tema desta história é óbvio. Retrata uma visita especial de uma velha senhora a uma cidade que a expulsou quando era jovem. Estava tudo quase igual desde que ela tinha deixado o local, excepto o facto da cidade estar prestes a falir, por isso a sua chegada mudou esta situação, até porque ela se tornou uma pessoa muito rica o que a tornou a pessoa mais poderosa da cidade, pelo que tinha todo o local sob seu comando. As personagens achavam que precisavam do seu apoio, porque vai melhorar a situação da cidade, logo fariam o que ela pedisse. Então o que acontece se ela quiser um homicídio? É uma tragicomédia que explora temáticas de amor, dinheiro, poder e justiça. A Visita da Velha Senhora é genial na descrição súbtil das atitudes das pessoas daquela cidade. Há uma alusão aos países que começam guerras com pretextos de justiça, bem como tenta mostrar como as pessoas conseguem ver esta situação como normal e até mesmo inevitável. É uma peça instigante que nos encoraja a reflectir sobre as situações críticas nela mencionadas. Terá que ler para descobrir como se sentiria sobre isso! Fará com que pense no que a sociedade pode fazer se forem persuadidos. É uma história sobre um acordo imoral... ou será sobre a sua recusa? Irá a cidade ignorar a problemática que é um assassinato? Você aceitaria isso? Conte-me a sua posição depois de ler o livro, por favor.
Eu tive que ler esta tragicomédia de Dürrenmatt para a aula de Literatura, na Universidade, e esperava que fosse cansativa ou mais do mesmo, como acontece com as mesmas histórias que que nos são ensinadas nas aulas, mas revelou-se algo diferente. Devia ler e perceberá o sentimento. Um bom sentimento, na minha opinião. Provavelmente irá descobrir o autor no seu melhor!
Resumo: A Visita da Velha Senhora, Friedrich Dürrenmatt (Goodreads)
Resumo: A Visita da Velha Senhora, Friedrich Dürrenmatt (Goodreads)
Escrito por TH.
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